vestibular
Publicado em 23 de outubro de 2011
Hoje os candidatos respondem às provas de linguagens, matemática e redação, para as quais terão 6 horas
Diferente do cenário do início do exame, quando havia muita frustração de quem perdeu o exame em virtude do atraso, no fim, os semblantes revelavam o cansaço dos candidatos Foto: José Leomar
Nem parecia sábado. Estudantes preocupados com o horário, muito congestionamento nas vias, paradas de ônibus lotadas e muita ansiedade no primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por conta do trânsito e da confusão com o horário oficial de abertura dos portões, muitos alunos perderam a prova.
Na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo, pelo menos dez pré-universitários deixaram de prestar o exame. Na Universidade Estadual do Ceará (Uece) outros 20 ficaram fora. Foi comum a cena de alunos chorando, frustrados, quando viram os portões fechados.
Hoje, os candidatos respondem às provas de linguagens, matemática e de redação. Eles terão seis horas de prova. É importante lembrar que, pelo horário de verão, a prova começará ao meio-dia, no Ceará.
Decepção
A sensação foi de nadar, nadar e morrer na praia. Para chegar ao Colégio Ari de Sá, pais e estudantes tiveram que encarar um grande engarrafamento na Avenida Washington Soares.
Tensão
O auxiliar Anderson Kendell, de 21 anos, começou o dia bem cedinho. Mas não era para se concentrar para a prova. Às seis horas, ele estava descarregando insumo na empresa de pescado onde trabalha.
Anderson estava com pressa. Queria chegar cedo ao Centro de Humanidades da Uece e foi no portão que percebeu que havia esquecido a carteira de identidade no carro da empresa, documento obrigatório para fazer o exame. "Cheguei às dez horas e estou esperando que um amigo me traga a carteira. Preciso muito fazer essa prova, porque sem formação a gente não consegue ir pra frente", disse Anderson, que também se prepara para outros dois concursos.
Alguns ainda tentaram convencer os fiscais a abrir os portões, mas eles foram irredutíveis. Tristeza e decepção tomavam conta do semblante dos que ficaram de fora.
Se na entrada para as provas o clima era de ansiedade e tensão com o horário, na saída, às 17 horas, o que marcava o semblante dos alunos era de cansaço de mais de cinco horas de prova. A estudante, Pamela Martins, não escondia o desgaste. "Mas o lance agora é tentar descansar porque domingo tem mais. A maratona é puxada", frisou a jovem.
A avaliação de boa parte dos estudantes sobre o primeiro dia de prova foi de que as questões, principalmente as de química e de biologia, estavam difíceis e os enunciados das perguntas, muito longos: "Os textos estavam confusos, mal elaborados".
A fiscal de prova Roberta Cunha percebeu uma certa dificuldade dos alunos. Comentou que, comparado com os outros anos, os candidatos demoraram mais para entregar os gabaritos. "Parece que estava mais complicada. Tinha mais conteúdo e menos interpretação", frisou.
O gabarito oficial do Enem e as provas corrigidas só serão divulgado na terça-feira, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação do exame. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em todo o Brasil, 5.366.780 estudantes estavam inscritos. Em Fortaleza, foram 118. 418 candidatos, divididos em 217 locais de prova.
Justiça
Diferente do cenário do início do exame, quando havia muita frustração de quem perdeu o exame em virtude do atraso, no fim, os semblantes revelavam o cansaço dos candidatos Foto: José Leomar
Nem parecia sábado. Estudantes preocupados com o horário, muito congestionamento nas vias, paradas de ônibus lotadas e muita ansiedade no primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por conta do trânsito e da confusão com o horário oficial de abertura dos portões, muitos alunos perderam a prova.
Na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo, pelo menos dez pré-universitários deixaram de prestar o exame. Na Universidade Estadual do Ceará (Uece) outros 20 ficaram fora. Foi comum a cena de alunos chorando, frustrados, quando viram os portões fechados.
Hoje, os candidatos respondem às provas de linguagens, matemática e de redação. Eles terão seis horas de prova. É importante lembrar que, pelo horário de verão, a prova começará ao meio-dia, no Ceará.
Decepção
A sensação foi de nadar, nadar e morrer na praia. Para chegar ao Colégio Ari de Sá, pais e estudantes tiveram que encarar um grande engarrafamento na Avenida Washington Soares.
Tensão
O auxiliar Anderson Kendell, de 21 anos, começou o dia bem cedinho. Mas não era para se concentrar para a prova. Às seis horas, ele estava descarregando insumo na empresa de pescado onde trabalha.
Anderson estava com pressa. Queria chegar cedo ao Centro de Humanidades da Uece e foi no portão que percebeu que havia esquecido a carteira de identidade no carro da empresa, documento obrigatório para fazer o exame. "Cheguei às dez horas e estou esperando que um amigo me traga a carteira. Preciso muito fazer essa prova, porque sem formação a gente não consegue ir pra frente", disse Anderson, que também se prepara para outros dois concursos.
Alguns ainda tentaram convencer os fiscais a abrir os portões, mas eles foram irredutíveis. Tristeza e decepção tomavam conta do semblante dos que ficaram de fora.
Se na entrada para as provas o clima era de ansiedade e tensão com o horário, na saída, às 17 horas, o que marcava o semblante dos alunos era de cansaço de mais de cinco horas de prova. A estudante, Pamela Martins, não escondia o desgaste. "Mas o lance agora é tentar descansar porque domingo tem mais. A maratona é puxada", frisou a jovem.
A avaliação de boa parte dos estudantes sobre o primeiro dia de prova foi de que as questões, principalmente as de química e de biologia, estavam difíceis e os enunciados das perguntas, muito longos: "Os textos estavam confusos, mal elaborados".
A fiscal de prova Roberta Cunha percebeu uma certa dificuldade dos alunos. Comentou que, comparado com os outros anos, os candidatos demoraram mais para entregar os gabaritos. "Parece que estava mais complicada. Tinha mais conteúdo e menos interpretação", frisou.
O gabarito oficial do Enem e as provas corrigidas só serão divulgado na terça-feira, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação do exame. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em todo o Brasil, 5.366.780 estudantes estavam inscritos. Em Fortaleza, foram 118. 418 candidatos, divididos em 217 locais de prova.
Justiça
118 mil candidatos realizaram o Enem em Fortaleza, divididos em 217 locais de prova. Em todo o país foi um total de 5.366.780 estudantes inscritos
KAROLINE VIANA E IVNA GIRÃO
REPÓRTERES
KAROLINE VIANA E IVNA GIRÃO
REPÓRTERES
Fonte: diariodonordeste.globo.com
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