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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Em defesa da EDUCAÇÃO - Ato ocupa as ruas de Fortaleza


Cidade

Quinta, 27 de Outubro de 2011

Palavras de ordem, faixas, cartazes e apitos. Este foi o cenário do protesto que ocorreu ontem em Fortaleza e unificou estudantes, professores, integrantes de movimentos sociais, pais de alunos, servidores públicos e policiais civis. A caminhada que seguiu da avenida 13 de Maio até Praça do Ferreira, parou o trânsito. Não era pra menos, o ato de caráter nacional, reuniu aproximadamente 5 mil pessoas. 
O objetivo da atividade, conforme o presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, foi demarcar as ações do Dia Nacional em Defesa do Plano Nacional de Educação (PNE). Dentre outras coisas, o movimento cobra a disposição de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação. Atualmente o Governo Federal destina apenas 5%. O novo PNE, que tramita no Congresso Nacional, aponta 7%. 

Além da pauta nacional, Anízio explicou que o protesto reforça a mobilização dos professores no Estado em busca de uma proposta que contemple todos os níveis salariais do Magistério. O representante sindical informou que, desde que as aulas foram retomadas, uma comissão vem negociando as reivindicações da categoria. 

Ele disse, ainda, que o Governo tem até o dia 10 de novembro para apresentar uma proposta concreta aos profissionais da Educação, caso contrário a categoria irá deliberar quais serão as novas ações. “Com esse ato, mostramos que estamos vivos e na luta. Queremos valorização dos professores, concurso público e qualidade na Educação”, ressaltou.

ESTUDANTES

Alunos secundaristas da rede pública de ensino participaram de forma maciça da Caminhada. Bandeiras, apitos, cartazes e faixas em punho, e os estudantes espalharam-se pelas ruas. 
Apoiar os professores e manifestar a insatisfação com a atual condição da escola pública era o objetivo. “É uma vergonha para o Ceará o que ocorreu com os professores. Muitos de nós estão desmotivados e não queremos nem seguir a carreira”, declarou o estudante da Escola Adauto Bezerra, Wesley Sousa. 

Já para a estudante do Escola Liceu do Ceará, Tatiane Albuquerque, a greve reflete os cortes que o Governo Federal vem realizando na área da Educação. De acordo com ela, a precarização da estrutura das instituições públicas de ensino é notória e pode ser verificada facilmente na Capital.

SOLIDARIEDADE 

Os olhares atentos, de quem passava pelas ruas, denunciavam a proporção da Caminhada. No Centro da cidade, ambulantes e comerciários parados em frente às lojas acompanhavam o deslocamento. O vendedor, Antônio Carlos, solidarizou-se com o grupo. Para ele, a manifestação é uma das únicas possibilidades de viabilizar as exigências dos profissionais.

O apoio ao ato também veio de categorias que hoje estão em greve. Policiais civis fizeram a segurança dos manifestantes durante todo o percurso, em solidariedade à causa. Os servidores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFCE) também aderiram ao movimento. “Entendemos que a cobrança é uma só, apesar das diferenças de esferas. Não adianta termos educação estadual boa e a nível federal ela ser defasada”, argumentou Venício Soares de Oliveira, membro dos Sindicato do Servidores do IFCE.

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