Vazamento de questões é problema que não afeta "capacidade de avaliar" do Enem, diz pró-reitor. IFCE também descarta volta ao vestibular tradicional
29.10.2011| 17:00
Deixar de adotar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de acesso à graduação está “fora de cogitação” para a Universidade Federal do Ceará (UFC). É o que afirma o pró-reitor de Graduação da UFC, Custódio Almeida.
O vazamento de questões do pré-teste para alunos do Colégio Christus dias antes do exame não afeta a “capacidade de avaliar” das provas, defende o professor. “A gente acredita que Enem é melhor forma de seleção”, pontua. A UFC e o Instituto Federal do Ceará (IFCE) utilizam o Enem como forma de acesso.
“O motivo que nos levou a aderir (ao Enem) continua intacto. A medição de habilidades e competências e o nível das questões continuam inalterados. Esse ano houve um problema que a Polícia Federal está investigando porque alguém cometeu um delito. Mas o concurso em si ocorreu perfeitamente”, diz Almeida.
Segundo o pró-reitor, mesmo se as provas de todos os candidatos forem anuladas, não deve haver prejuízos no calendário da UFC. “Nossas aulas vão iniciar em 23 de fevereiro. Daqui até lá são quase quatro meses”, frisa. Para Custódio Almeida, anular as provas de todos não é a melhor solução. “Deve sim refazer no raio de acontecimento de problema. Para os demais não houve problema”, acredita.
IFCE
O IFCE também não planeja volta ao vestibular. O pró-reitor de Ensino, Gilmar Lopes, diz que o instituto inclusive já se organiza para a próxima seleção.
Número
639 alunos deverão refazer o Enem nos dias 28 e 29 de novembro. Segundo o MEC, eles tiveram acesso a 14 questões das provas dias antes do exame.
Mariana Lazari
marianalazari@opovo.com.br
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