27.10.2011| 01:30
Os alunos estão receosos com a situação. Não acreditam em má-fé do colégio e acham que a presença das questões no material do Christus e na prova do Enem são coincidência. Uma estudante do colégio, que quer concorrer a uma vaga no curso de Direito, conta que o material foi entregue há cerca de dez dias em sala de aula. Mas as questões nem foram resolvidas pelos professores.
A estudante lembra que, se o colégio tivesse certeza de que aquelas questões estariam na prova, “teria dado muito mais importância ao material”. Mas os cadernos apenas foram entregues aos alunos, segundo ela. A jovem cita que algumas questões tinham o gabarito errado e os professores prometeram fornecer as respostas certas depois – o que nem chegou a ocorrer, de acordo com ela.
Ela menciona que, no primeiro dia de provas, soube pelo Facebook da coincidência entre o material do colégio e a prova. “Eu nem tinha resolvido o TD. Só vi todo mundo comentando na internet”, descreve. De acordo com a pré-universitária, um coordenador foi até a sala de aula ontem e tentou tranquilizar os estudantes. Ele teria garantido que o colégio não agiu de má-fé e orientou que os alunos continuassem estudando para os outros vestibulares e que não ficassem discutindo com alunos de outros colégios.
Outra estudante do colégio comentou que só soube da existência do material após a prova. No dia em que foi entregue, ela não havia ido à aula. “Não foi entregue na semana antes do Enem. Foi algumas semanas antes. Não tive acesso e muitos outros não tiveram também”, frisa. Ela também diz acreditar que o colégio não teve a intenção de divulgar questões idênticas às do Enem: “Seria exposição demais. E se fosse assim, o colégio teria dado as mais difíceis. Prefiro acreditar que a escola tem razão”.
Um aluno do colégio considera que a reaplicação da prova teria de ser para todo mundo. “E quem garante que alunos de outras escolas não viram esse TD também?”, questiona.
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