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sábado, 19 de novembro de 2011

MEC suspende 514 vagas no País


Cursos de medicina - Publicado em 19 de novembro de 2011 

Os dados do Enade 2010 mostram que 594 dos 4.143 cursos avaliados nestas áreas tiveram conceito 1 ou 2

São Paulo. O Ministério da Educação decidiu suspender 514 vagas de 16 cursos de medicina que tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), divulgado quinta-feira pela pasta. A medida foi publicada ontem no "Diário Oficial" da União. As informações são da Agência Brasil.

O CPC varia em uma escala de 1 a 5 e é calculado com base no desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e em outros critérios, como a infraestrutura e o corpo docente da instituição.

Os dados do Enade 2010 mostram que 594 dos 4.143 cursos avaliados nestas áreas tiveram CPC 1 ou 2. A nota 3 é considera satisfatória e os CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade. Os cursos que sofrerão corte são todos de instituições privadas, dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso. O percentual de vagas reduzidas em cada curso variou entre 20% e 65% do total, de acordo com o desempenho no CPC.

O ministério pretende suspender, até o fim do ano, 50 mil vagas em graduações na área da saúde, ciências contábeis e administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010.

A redução no número de vagas de ingresso passa a valer para o próximo processo seletivo de cada instituição. Elas passarão por um processo de supervisão e terão o prazo de um ano para cumprir um termo de saneamento de deficiências para melhorar a qualidade da oferta.

Se as exigências não forem atendidas, o MEC poderá abrir um processo administrativo para encerrar a oferta do curso. A partir da notificação, as instituições têm 30 dias para informar o ministério sobre as providências que serão tomadas.

Livros 

Em outro âmbito de ensino, a falta de clareza e objetividade dos critérios do MEC para a aquisição do livro didático foi motivo de reclamação dos editores, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), José de Nicola.

Segundo ele, o grande "nó" é a questão da avaliação. "Os critérios de avaliação começaram a ficar muito diversificados de uns anos para cá e há, no nosso entendimento, a busca de um livro aparentemente ideal, coisa que em educação é muito complicado. Há muita abertura para a subjetividade", disse.

Sérgio Gotti, diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC, disse que o ministério tem trabalhado para melhorar os critérios de avaliação, inclusive ouvindo as editoras e as entidades do setor. O MEC também pretende abrir, neste mês, um edital para uso de tablets nas escolas.

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