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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Professores e estudantes fazem manifestação


Proposta do governo - Publicado em 10 de novembro de 2011 


 “Tem dinheiro pro aquário, mas não tem para educação", dizia um dos cartazes dos alunos.

Professores e estudantes de 14 escolas pertencentes à rede estadual de ensino, localizadas na área da Secretaria Executiva Regional IV (SER IV), percorreram, ontem a tarde, a Avenida Gomes de Matos, no Bairro Montese, em protesto contra a proposta salarial do Governo do Estado feita para os docentes, no último dia 4.

A mobilização teve inicio no cruzamento da Avenida Gomes de Matos com a Rua Três Marias. Centenas de alunos cantavam, todo o tempo, músicas contra o poder público e também mostravam faixas contra a proposta feita aos professores. Enquanto isso, os mestres faziam uma espécie de cordão para fechar os cruzamentos ao longo da Avenida, dessa forma os veículos não entravam na via.

Os agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) apareceram para auxiliar a passeata somente no fim, exatamente entre a Travessa Jorge Dumar e a Rua Major Wayne.

Segundo a professora de filosofia Maria Valdeci Abreu, um dos objetivos principais do evento é dar continuidade à mobilização devido às propostas do Governo. "Os professores não gostaram e querem avanços, como a implantação do piso", disse.

Ela acrescentou que o apoio dos alunos na passeata é fundamental para mostrar ao poder público que os docentes estão insatisfeitos com a proposta.

"Os estudantes estão se entregando em defesa da escola pública, pois eles sabem dos problemas que os professores passam. Se tivermos nossa reivindicações atendidas, eles terão ensino com mais qualidade", afirmou a professora.

Prejudicados

De acordo com a estudante, Eliziane Costa, 18,os estudantes foram prejudicados com a paralisação dos docentes e, por isso, não quer que isso aconteça novamente. "Ficamos quase dois meses sem aula. Desta forma, é difícil aprender. Tive uma semana de aula para me preparar para o Exame Nacional do ensino Médio (Enem). Assim, os outros alunos saíram na frente".

O arquiteto Bruno Aragão Martins, estava a caminho de uma reunião de negócios quando se deparou com a manifestação. Com isso, ele acabou se atrasando. "A proposta do Governo ainda nem foi discutida e eles já estão reclamando. Além disso, estão atrapalhando o trânsito, assim fica complicado", reclamou Martins.

O Governo apresentou proposta de aumento salarial de 15% para a categoria e implantação progressiva do regime que reserva 1/3 da carga horária a tarefas de planejamento. Amanhã, a categoria vai se reunir, no Ginásio Aécio de Borba, e votarão se aceitam a proposta.


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